quinta-feira, 28 de julho de 2011

Felicidade para mim...


A felicidade é a soma das pequenas felicidades. 
Li essa frase num outdoor e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.

Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.

Eu contabilizo tudo de bom que me aparece, sou adepta da felicidade homeopática. Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, se recebo uma ligação de uma amiga, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
 
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
  
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos.

E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.
(autor quase desconhecido)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desapego

"Oiê", tudo bem?
Comigo está tudo indo bem. A cada dia que passa estou aprendendo e fazendo coisas novas.
Hoje eu exercitei o desapego, e vou ser sincera, não foi nada fácil.
Joguei fora cartões, cartas, bilhetes e recadinhos que recebi dos meus últimos relacionamentos. Acabei relendo algumas coisas, relembrando momentos, datas, viagens, brigas, festas... 

Tive um namorado que me mandava cartas semanalmente, além de cartões para todas as datas possíveis, todas muito românticas, carinhosas, apaixonadas. Foram quase 4 anos juntos e acabei juntando uma caixa imensa só de cartas dele. 
Bateu uma saudade imensa daquele namoro inocente, de descobertas, com horários e dias certos para estar juntos. E não vou negar que até pensei em ligar para ele... mas ficou no pensamento...

Encontrei cartas de amigas de colégio, de infância, que moravam no mesmo prédio, dos amigos da praia, de primos, da minha mãe, pai, irmãos...
Lógico que revi coisas que não me fizeram bem, mas essas eu nem li, e rasquei rapidamente!

A sensação de leveza e de bem estar que senti quando acabei a limpeza, foi sensacional.
Estou me preparando para fazer isso com algumas fotos, será bem difícil, eu sei. Mas esse é só um dos muitos exercícios de desapego que ainda irei praticar. Afinal, como diz Fernando Pessoa: "Se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo!"

sexta-feira, 1 de julho de 2011

SOU ASSIM E PONTO!

Como eu disse, sou simples assim...

"Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua".
Martha Medeiros